James Harrison: O Homem Que Salvou Milhões de Vidas com Suas Doações de Sangue
James Harrison, conhecido como o “homem com o braço de ouro”, faleceu aos 88 anos em 17 de fevereiro de 2025. Durante sua vida, ele fez doações regulares de sangue por mais de seis décadas, salvando milhões de bebês de uma condição fatal chamada doença hemolítica do feto e recém-nascido (HDFN). Sua contribuição foi crucial, pois seu plasma continha um anticorpo raro que ajudava a combater o problema de rhesus D, uma condição que afeta mães grávidas.

DPA Picture Alliance/Alamy Stock Photo. James Harrison se prepara para sua última doação de sangue em 2018.
A História de James Harrison
James Harrison nasceu em 27 de dezembro de 1936, em Nova Gales do Sul, Austrália. Aos 14 anos, ele passou por uma cirurgia que exigiu transfusões de sangue, o que possivelmente contribuiu para o anticorpo raro encontrado em seu plasma, conhecido como anti-D. Esse anticorpo foi fundamental para criar medicamentos que salvaram vidas de bebês afetados pela doença rhesus D.
Quando Harrison completou 18 anos, ele fez uma promessa a si mesmo de doar sangue sempre que pudesse. Cumpriu sua promessa fielmente, doando plasma a cada duas semanas até os 81 anos. Durante esse período, ele chegou a ser o recordista mundial de doações de plasma, com um total de 1.173 doações.

Cruz Vermelha Australiana James Harrison doando sangue na década de 1960.
Como as Doações de James Harrison Salvavam Vidas
O anticorpo anti-D presente no plasma de Harrison era usado para criar medicamentos que ajudavam a tratar as mães grávidas com HDFN, uma condição que, sem intervenção, matava metade dos bebês afetados. Antes de 1960, essa doença era praticamente incurável, mas as doações de Harrison ajudaram a mudar isso.
A condição ocorre quando o sistema imunológico da mãe reconhece o sangue do bebê como uma ameaça, atacando-o. Sem o tratamento adequado, o HDFN pode causar complicações graves e até a morte do bebê. Graças às doações de Harrison, milhões de bebês foram salvos na Austrália.
O Legado de James Harrison
Embora James Harrison tenha falecido, seu legado continua. Seu plasma foi usado para desenvolver medicamentos que salvaram vidas e agora, os pesquisadores continuam a utilizar sua contribuição para criar anticorpos anti-D em laboratório, uma invenção apelidada de “James in a Jar”. Esses anticorpos são vitais para o tratamento de mulheres grávidas com HDFN, não só na Austrália, mas em várias partes do mundo.
Harrison doou plasma por 64 anos, ajudando até mesmo quando viajava pelo país com sua esposa, Barbara Lindbeck, em uma van de campista. Seu compromisso em salvar vidas nunca diminuiu, e sua filha Tracey Mellowship, que também recebeu o tratamento de seu pai quando estava grávida, expressou o orgulho da família em saber que ele ajudou tantas pessoas.

DPA Picture Alliance/Alamy Stock Photo. James Harrison detém os documentos relacionados às suas primeiras doações de sangue.
A vida de James Harrison é um exemplo inspirador de altruísmo e dedicação. Com seu sangue raro, ele não apenas ajudou a salvar milhões de bebês, mas também deixou um legado que continuará a salvar vidas por muitos anos. Seu nome será lembrado como o homem que fez doações de sangue não apenas uma ação de bondade, mas uma revolução no tratamento de doenças graves.
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