O Mistério da Mancha no Diário de Brønlund
O explorador dinamarquês Jørgen Brønlund faleceu em 1907 durante uma expedição nas terras congeladas da Groenlândia, mas sua morte foi marcada por um mistério que durou mais de um século. Ao ser encontrado congelado em uma caverna, seu corpo estava acompanhado por um diário que continha uma estranha mancha preta na última página. Essa marca intrigou especialistas por mais de 100 anos, sem que ninguém fosse capaz de identificar sua origem. No entanto, um estudo recente finalmente desvendou o enigma, proporcionando uma visão emocionante das horas finais do explorador.
A Trágica Expedição à Groenlândia
A expedição de 1906 à Groenlândia, liderada pelo etnólogo dinamarquês Ludvig Mylius-Erichsen, tinha como objetivo explorar o nordeste da ilha, mas rapidamente se transformou em um pesadelo. Brønlund e seus companheiros enfrentaram condições extremas. Mylius-Erichsen e o cartógrafo Peter Hagen-Hagen morreram nas geladas terras da Groenlândia, enquanto Brønlund seguiu sozinho em direção ao acampamento base, sucumbindo finalmente à exaustão e ao frio.
Na última entrada de seu diário, Brønlund escreveu: “Cheguei a este lugar sob uma lua minguante e não posso continuar, por causa dos meus pés congelados e da escuridão. Os corpos dos outros estão no meio do fiorde.” Essa foi sua despedida antes de morrer em uma caverna de abrigo, onde o explorador tentou desesperadamente acender um queimador de petróleo para se manter aquecido.

Universidade do sul da Dinamarca/Kaare Lund RasmussenA mancha negra que confundiu os pesquisadores por 112 anos.
O Mistério da Mancha
Quando o corpo de Brønlund foi encontrado em 1907, seu diário foi preservado e, eventualmente, arquivado na Biblioteca Real de Copenhague. Porém, algo peculiar chamou a atenção dos especialistas: uma mancha preta na última página do diário. A natureza dessa mancha foi um enigma por mais de um século, gerando várias teorias e especulações sobre sua origem.
Porém, em 1993, a página foi retirada para análise, mas sem permissão formal. Mesmo assim, a análise inicial não foi capaz de identificar a composição da mancha devido às limitações tecnológicas da época. A verdade sobre a substância só foi descoberta recentemente, graças a avanços modernos em técnicas de análise, como fluorescência de raios-X e espectrometria de massa.
A Descrição da Mancha e Sua Composição
Os pesquisadores da Universidade do Sul da Dinamarca realizaram uma investigação detalhada da mancha centenária. Eles descobriram que a substância era composta por uma combinação de cálcio, titânio e zinco, substâncias que não correspondiam a nenhum tipo de rocha conhecida na região da expedição. Posteriormente, foi identificado que a mancha continha calcita, ruttil e zinciita – compostos típicos da borracha, material presente em um queimador que Brønlund estava carregando.
Além disso, a análise revelou a presença de compostos orgânicos, como lipídios, petróleo e matéria fecal humana. O estudo concluiu que Brønlund, desesperado para acender o queimador e aquecer-se, usou seu próprio lixo para tentar acender o fogo. Provavelmente, suas mãos tremiam devido à fome extrema e ao frio, tornando seus esforços ainda mais difíceis.

A Biblioteca Real de Copenhague. A entrada final de despedida Brønlund gravou em seu diário enquanto morre na caverna de abrigo em novembro de 1907.
A Descrição da Mancha e Sua Composição
Os pesquisadores da Universidade do Sul da Dinamarca realizaram uma investigação detalhada da mancha centenária. Eles descobriram que a substância era composta por uma combinação de cálcio, titânio e zinco, substâncias que não correspondiam a nenhum tipo de rocha conhecida na região da expedição. Posteriormente, foi identificado que a mancha continha calcita, ruttil e zinciita – compostos típicos da borracha, material presente em um queimador que Brønlund estava carregando.
Além disso, a análise revelou a presença de compostos orgânicos, como lipídios, petróleo e matéria fecal humana. O estudo concluiu que Brønlund, desesperado para acender o queimador e aquecer-se, usou seu próprio lixo para tentar acender o fogo. Provavelmente, suas mãos tremiam devido à fome extrema e ao frio, tornando seus esforços ainda mais difíceis.
A Última Mensagem de Brønlund
Brønlund, ao ser encontrado em 1907, foi enterrado no local de sua morte, e seu diário foi adicionado à coleção da Biblioteca Real de Copenhague. A última entrada de Brønlund, apesar da tragédia, traz consigo uma mensagem de resistência e coragem diante da morte iminente. A luta de Brønlund para sobreviver, mesmo quando todas as esperanças estavam perdidas, foi imortalizada nas páginas de seu diário.
Com a descoberta da verdadeira natureza da mancha e das circunstâncias desesperadoras de sua morte, o diário de Brønlund agora oferece uma compreensão mais profunda de suas últimas horas. Seu sacrifício não foi em vão; ele deixou para trás um legado de coragem diante das adversidades, uma lição de resistência em um dos lugares mais inóspitos do planeta.

A Biblioteca Real de Copenhague Brønlund foi enterrado no local de sua descoberta em 1908, enquanto seu diário foi adicionado à Biblioteca Real de Copenhague.
O Legado de Jørgen Brønlund
O estudo da última entrada no diário de Jørgen Brønlund não apenas resolve um mistério de mais de 100 anos, mas também nos permite ver o explorador não apenas como uma vítima das condições extremas da Groenlândia, mas como um homem determinado a sobreviver até o fim. A mancha de borracha queimada, fezes e óleo agora serve como um símbolo do desespero humano em face da morte.
Enquanto os mistérios do Ártico continuam a ser desvendados, a história de Brønlund é um lembrete das dificuldades imensuráveis enfrentadas por aqueles que se aventuram em territórios desconhecidos e inexplorados. Sua luta pela sobrevivência e sua última mensagem para o mundo permanecem como um testemunho da bravura humana.
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