Descoberta Geológica Surpreendente: Tasmânia e o Grand Canyon Estavam Conectados
Pesquisadores descobrem uma conexão geológica entre a Tasmânia e o Grand Canyon.
A Surpreendente Conexão Entre a Tasmânia e o Grand Canyon
Geólogos da Tasmânia, na Austrália, fizeram uma descoberta notável: eles encontraram rochas com uma composição geoquímica idêntica à das camadas de rochas no Grand Canyon, nos Estados Unidos. A descoberta foi publicada em um estudo da Universidade Monash de Melbourne, na revista Geology.
Os geólogos concluíram que, no passado distante, a Tasmânia e o Grand Canyon estavam conectados. Isso foi possível devido a um supercontinente antigo chamado Rodinia, que existiu entre 1,1 bilhão e 750 milhões de anos atrás.
A Descoberta das Rochas e a Correlção com Rodinia
Os pesquisadores propuseram a correlação entre o Grupo Unkar, no Grand Canyon, e o Upper Rocky Cape Group, na Tasmânia. Ambos compartilham uma estratigrafia semelhante, idade deposicional e composição isotópica. A descoberta sugere que, durante o Mesoproterozóico, a Tasmânia estava localizada ao sudoeste de Laurentia, um grande continente que hoje corresponde à América do Norte.
Hoje, a Tasmânia e o Grand Canyon estão separados por cerca de 8.500 milhas (13.700 km), mas no passado, faziam parte do supercontinente Rodinia.

Wikimedia Commons. Uma reconstrução proposta do supercontinente antigo, Rodinia.
Rodinia: O Super continente Antigo
Rodinia foi formado entre 1,1 e 0,9 bilhões de anos atrás e terminou sua existência cerca de 750 a 633 milhões de anos atrás. Durante a história da Terra, os continentes se moveram e se fundiram para formar diferentes supercontinentes, como Pangea, que surgiu cerca de 335 milhões de anos atrás.
Essa nova descoberta é crucial para entender melhor a movimentação das massas terrestres ao longo de bilhões de anos e como os continentes se reconectaram em diferentes períodos da história geológica da Terra.

Costeira da Tasmânia.
O Impacto na Geologia e Paleogeografia
A descoberta ajuda os geólogos a reconstruir a geografia tectônica de Rodinia, fornecendo um “elo” importante para entender o movimento dos continentes. Alan Collins, da Universidade de Adelaide, na Austrália, afirmou: “A Tasmânia mantém a chave para amarrar a geografia tectônica da época”.
Essa conexão geológica revela mais sobre a evolução da Terra e a formação de seus supercontinentes antigos, dando aos geólogos novas pistas sobre a dinâmica das placas tectônicas.
Conclusão: Uma Nova Perspectiva sobre a História da Terra
Com a descoberta das rochas semelhantes no Grand Canyon e na Tasmânia, os geólogos agora têm mais informações para entender a formação de Rodinia. Esse achado é uma chave importante para reconstruir a história dos supercontinentes e a movimentação das placas tectônicas da Terra ao longo de milhões de anos.
“(Este) artigo mostra que a Tasmânia mantém a chave para amarrar a geografia tectônica da época”. sugere Alan Collins na Universidade de Adelaide, na Austrália. “É realmente um bom elo e uma gravata que nos permite construir modelos completos de placas da terra antiga”.
Em seguida saiba mais sobre: Continente perdido da Grande Adria encontrada sob o sul da Europa